Em um país marcado pela diversidade, as lideranças que ocupam os poderes executivo e legislativo são pessoas que não refletem as características da maioria da população: as mulheres. Historicamente, a presença delas na política sempre foi marcada por desafios de representatividade e violência. Sobretudo, esse cenário é mais difícil para as mulheres pretas e indígenas, que são subrepresentadas não apenas nesse âmbito, mas em todos os espaços sociais e esferas de decisões que moldam o futuro do país.
Desde o início, a participação política das mulheres pretas e indígenas tem sido marcada por obstáculos que vão desde a falta de acesso à educação e recursos até a violência simbólica e física. Essas mulheres têm sido vítimas de ataques e tentativas de silenciamento, muitas vezes resultando em exclusão e marginalização no contexto político.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mulheres pretas e pardas compõem cerca de 27% da população brasileira, no entanto, a presença delas em cargos políticos ainda é substancialmente inferior.
“Estamos aqui para quebrar paradigmas. É por isso que o Solidariedade, juntamente com a Fundação 1º de Maio, investe tanto em qualificação de mulheres líderes. Ano a ano, fazemos uma busca ativa através do Lidera+, o maior programa de formação política feminina do Brasil, nos quatro cantos do país, procurando mulheres que querem ser protagonistas de suas histórias em suas cidades e estados”, afirma a presidente da Fundação 1º de Maio, Samanta Costa.
“Na última edição do Lidera+, 45,8% das mulheres selecionadas para o módulo híbrido do programa se autodeclararam como negras e pardas. Este é um dado que nos mostra que estamos construindo uma sociedade mais livre, justa e melhore representada, que faz jus à Constituição e ao nome do nosso partido, o Solidariedade”, completa.
“Em 2022, o Solidariedade esteve entre os 10 partidos com mais candidaturas indígenas. Outro número que reflete o nosso investimento na igualdade feminina na política, foram as 547 candidaturas pretas e pardas, 25% a mais do que em 2018. Ajudá-las a entender a importância de representar suas raças e povos é também um grande desafio”, comenta Loreny Caetano, deputada federal (SP).
É fundamental que as mulheres pretas e indígenas tenham assentos à mesa de decisões, não apenas como meras representantes, mas como agentes de transformação e protagonistas de suas próprias histórias.
Diante desse panorama, instituições e partidos políticos precisam adotar medidas efetivas para promover a equidade de gênero e a inclusão de mulheres pretas e indígenas em seus quadros. A criação de políticas afirmativas, capacitação e apoio financeiro são passos essenciais para garantir que essas mulheres tenham espaço para atuar e influenciar positivamente as decisões políticas.
A luta das mulheres pretas e indígenas por representatividade e contra a violência política, é também uma luta do Solidariedade Mulher. Juntas vamos buscar nosso reconhecimento e valor, fazendo com que nossas vozes sejam ouvidas e possamos participar de decisões que impactam a vida de toda a sociedade.